“Para ser feliz é necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os desejos não precisam de razão, nem os sentimentos de motivo”. Acordara naquela manhã com aquela frase de efeito grudada em seus pensamentos. Não recordava ao certo onde a lera pela primeira vez, nem sequer a quem pertencia a sua autoria. Mas não foi preciso muito tempo até que percebesse que aquelas palavras seguiriam como o seu lema para os próximos dias. Já há tanto que ansiava por ser pássaro livre outra vez…
Ainda se fazia madrugada quando saiu da cama naquela manhã. Não que fosse necessário abandonar tão cedo as cobertas. Apenas decidira que aquele dia seria gozado em sua mais ampla plenitude. Queria ver o horizonte parir o sol naquela manhã. Queria sentir sob as suas asas o primeiro vento matinal. Era do sabor da liberdade que andava faminta e naquele dia o destino reservara-lhe um banquete. Era no desejo de voar que habitavam os seus sonhos. Era na certeza da força que dormitava naquelas asas a necessidade de ser livre. Acordara faminta naquela manhã: de vida, de liberdade, de amor ao próximo.
Das poucas certezas que carregava consigo, muito bem guardada na algibeira do seu peito, era que ser livre era a sua maior essência e que sem que ousasse novos voos, jamais poder ser feliz. Desta feita, vestida com suas asas, seguiu o seu rumo. O destino não era segredo para ninguém: voou para a liberdade!
CAssis, a Menina Digital
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