Ora a Dinamarca parece ter políticos que realmente pensam no bem comum! Ora aí está uma novidade!
No país das peças Lego está em curso uma política energética que “tornará a Dinamarca novamente líder global na transição para a energia limpa”, afirma Martin Lidegaard, ministro dinamarquês do Clima, Energia e Construção.
Mas quais os custos deste plano energético? A Comissão prevê que uma Dinamarca assente em energias de origem verde exija um investimento reduzido: mais 0,5% do produto interno bruto de 2050 do que o investimento nos meios convencionais. “A factura será muito maior se não agirmos a tempo”, argumenta o ministro Martin Lidegaard.
Em 2050 o país porá fim à dependência de energias de origem fóssil. O eco plano surgiu em 2010, depois de a Comissão Dinamarquesa em Política de Alteração Climática ter concluído que era possível abolir os combustíveis fósseis do sistema energético, sem que tal implicasse a aposta na energia nuclear ou na captura de emissões de carbono. Ambicioso, mas exequível, garantem os especialistas.
E os políticos: em Março passado, os partidos que representam 171 dos 179 lugares do parlamento assinaram um acordo que estabelece o quadro para a política climática e energética até 2020, apontando ainda o rumo a seguir até 2050.
A meta está traçada e tudo bem encaminhado: já em 2020 metade do consumo de electricidade será de origem eólica (actualmente é 25%). Para tal, a Dinamarca, que detém dos maiores parques eólicos, aumentará as turbinas offshore e em terra. O acordo assinado no parlamento dinamarquês prevê ainda o investimento no desenvolvimento e uso de tecnologias para produção de electricidade a partir de fontes renováveis, e a conversão do aquecimento dos edifícios, nomeadamente para biomassa e energia geotermal. Entre outras medidas, a estratégia passa também pela eficiência, estimando-se que o próprio consumo energético em 2020 sofrerá um decréscimo de 12% em relação a 2006.
A Dinamarca mostra que é possível fazendo! Desmistificada a questão, quem mais entra na roda???
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