De onde estava, sentada com os pés na areia a fazer desenhos imperceptíveis aos olhos menos treinados, era possível apreciar o sol cair len-ta-men-te. Se prestasse bem atenção, se o silêncio tomasse conta daquele lugar, a menina podia jurar que se ouvia o chiar do astro-rei ao tocar o Atlântico.
– “Tchiiiii… Não o consegues ouvir também? Ouve com atenção!”, disse a menina de olhar matreiro e sorriso doce.
E naquele precioso instante, ela agradeceu aos deuses por não estar só a apreciar aquele espetáculo. Não que ela não gostasse de ver, mesmo que sozinha, o sol dissolvendo-se no mar. Mas o doce no olhar do seu eleito acrescentava um sabor especial aquele momento.
Entreolharam-se. Entrelaçaram-se. Fundiram-se um no outro! E num átimo, o mundo parou para aqueles dois, porque destino de sol é morrer no mar e o dela é VIVER nos [a]braços dele.
Eram agora um só: “tchiiiii…”.
CAssis, a Menina Digital
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