Brasil e Argentina uniram-se em um esforço para melhorar as suas capacidades de defesa cibernética. A decisão vem à luz dos recentes indícios, de que as agências de inteligência dos EUA têm espionado as comunicações das mais altas figuras de estado de países da América Latina.
Na Sexta-feira passada, os Ministérios de Defesa de Argentina e Brasil assinaram um pacto de cooperação militar. Segundo o acordo, em 2014, o Brasil vai oferecer treino de defesa cibernética para oficiais na Argentina. O ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim afirmou.
“Precisamos refletir sobre como podemos cooperar para enfrentar estas novas formas de ataque”
Os países também vão começar a compartilhar informações para o desenvolvimento de projectos conjuntos de defesa cibernética. Estes projectos serão apoiados pela indústria do software de ambos os países. O homólogo argentino de Celso, Agustín Rossi observou:
“Nós acordámos que vamos realizar uma reunião em Brasília, antes do final do ano para intensificar a nossa complementaridade em matéria de defesa cibernética.” “Este sistema de espionagem … garante além dos esforços individuais que cada um de nosso país faz, uma complementaridade que nos permite diminuir o cenário actual de vulnerabilidade “.
Relembramos que relação entre os EUA e o Brasil tornou-se tensa nas últimas semanas, após a comunicação social ter revelado documentos fornecidos pelo ex-espião da NSA, Edward Snowden que mostram como o organismo de inteligência americana, interceptava comunicações de Dilma Roussef, seus principais assessores e sobre o gigante estatal petrolífero Petrobras. Outros países, especialmente Argentina, Bolívia e Venezuela, também ficaram indignados pelas revelações sobre as actividades da NSA. Algumas semanas atrás, a presidente da Argentina Cristina Kirchner referiu que sentiu “um arrepio descer na sua coluna” quando soube que Washington estava a realizar cyber-espionagem na Argentina.
Fonte: The Hindu
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