A HTC conseguiu dar a volta por cima de todos os projectos fracassados nos últimos anos com o lançamento do HTC One, considerado por muitos o melhor smartphone lançado até hoje no mercado.
Será que este HTC One é assim tão fantástico como “o pintam”? Nada melhor que uma análise do ponto de vista de utilizador!
Desde que foi lançado no mercado o HTC One fez agitar todos os blogs e sites dedicados às tecnologias móveis, surgindo dezenas de análises e opiniões, onde foi possível observar uma grande lista de adjectivos que no geral acabaram por descrever este novo HTC como “genialmente construído”.
Uma pérola para qualquer designer
Como já vinha sendo um bom costume nos modelos lançados anteriormente pela HTC, a apresentação exterior dos seus smartphones sempre foi uma prioridade. Neste novo HTC One foi revelado claramente o objectivo de subir ainda mais a fasquia do design em dispositivos móveis construindo o seu novo topo de gama a partir de uma única “folha” de alumínio.
Durante o seu manuseamento o utilizador consegue ter uma quase imediata percepção do quão cuidada foi a construção do One, tendo apenas 9,40 milimetros de espessura e 142 gramas de peso e revelando um nível ergonómico a cima da média.
Actualmente o HTC One apresenta-se no mercado em 3 cores – cinzento metalizado, preto e vermelho – sendo que a última foi disponibilizada recentemente. No principio do mês de Agosto surgiram também alguns rumores na internet de que até ao final do ano poderá surgir um HTC One em tonalidades azuis.
Tanto as linhas de construção como o posicionamento e aspecto visual dos botões oferecem ao utilizador o “casamento perfeito” entre estética e funcionalidade. No HTC One existem apenas dois botões físicos (botão de energia e botão de volume) que integram na perfeição todo o visual encantador do HTC One. Ambas as câmaras, sensores e colunas estão perfeitamente embutidas na “folha” de alumínio de que é construído este HTC.
O verdadeiro poder está escondido!
Muitos fãs de smartphones e especificamente do sistema Android ficaram instantaneamente apaixonados pelo HTC One quando as primeiras fotografias foram reveladas, mas para muitos, a verdadeira surpresa foi quando foram reveladas as suas especificações!
Preparado para fazer frente a qualquer smartphone de 2013 e provavelmente a muitos de 2014, o HTC One vem equipado com um processador Qualcomm quad-core 1.7GHz, que quando testado na famosa aplicação de benchmark Quadrant obtendo valores a rondar os 9300 pontos e ganhando destaque num dos tópicos mais cobiçados da actualidade, as multifunções.
Ainda escondido pela “folha” de alumínio temos 2GB de memória RAM e uma nova abordagem ao sistema de som utilizado. Com a parceria entre a HTC e a “Beats by Dr. Dre” este HTC One traz-nos a recém criada tecnologia Boom Sound, aliada a duas colunas estéreo que foram incorporadas na zona frontal do dispositivo.
Um dos pontos onde poderá pecar é o facto de não oferecer a opção de expandir a memória através de cartão microSD (pelo menos na versão Europeia e Americana). Contudo, com os dois modelos disponíveis – 32GB e 64GB – não deverá ser uma dor de cabeça para a grande maioria dos utilizadores quando utilizado em conjunto com algumas excelentes opções de armazenamento Cloud existentes para Android.
Como as imagens ganham vida
Através de um ecrã LCD de 4,7 polegadas (1080p) os seus utilizadores vão poder em qualquer altura desfrutar de uma qualidade de imagem fantástica, com cores vivas e contrastes acentuados que quase dão vida às suas fotografias e vídeos.
Neste campo podemos analisar o desempenho do HTC One relativamente aos seus concorrentes directos, onde ele consegue bater os principais (ou todos) alcançando uns fantásticos 468ppi (densidade de píxeis por polegada), enquanto o Galaxy S4 e o iPhone 5 atingem valores de 441 e 326 ppi respectivamente.
Uma nova experiência com o Sense 5.0
Aquando do seu lançamento o HTC One veio equipado com o Android 4.2 Jelly Bean, mas tal como a grande maioria dos dispositivos da fabricante, a “vestir” a versão pura do Android vem a sua própria inferface Sense, na sua última versão – Sense 5.0.
Muito foi falado sobre este novo Sense 5.0 antes do lançamento público do HTC One, com as criticas e expectativas a ficaram bastante divididas. Depois de algum tempo de utilização o veredicto é um pouco ambíguo mas relativamente fácil de descrever, pois esta é uma interface bastante simples de utilizar e com vários extras que se podem revelar extremamente úteis no dia a dia. Mas, como quase tudo no Android, a opinião final irá sempre depender da utilização dada por cada utilizador.
O Sense 5.0 tem como uma das suas principais novidades o Blinkfeed, que oferece uma lista de tópicos actualizados em tempo real de vários eventos, tal como redes sociais, eventos de calendário ou notícias.
Deve ser ainda referida outra funcionalidade que teve a sua estreia no novo HTC, desta vez um software aplicado à câmara fotográfica chamado Zoe. Esta nova funcionalidade permite captar fotografias “especiais”, onde em cada fotografia são capturados alguns segundos de imagem para que depois possa escolher o frame ideal.
Ultra píxeis ou Ultra marketing?
Esta foi outro dos trunfos utilizados pela HTC durante todo o mistério criado em torno do lançamento do HTC One, a sua câmara inovadora que com o objectivo de enfrentar os 13 mega pixels do Galaxy S4 nos trouxe uns nunca antes conhecidos 4 Ultra pixels.
Foi referido em várias publicações da HTC que os sensores presentes nesta câmara são duas vezes maiores do que na maioria dos smartphones, e com isso no resultado final permite a captura de fotos em condições de pouca luz com muito melhor qualidade.
Houve já quem dissesse que este conceito de “Ultra pixels” não foi mais do que uma estratégia de marketing da HTC a tentar “vender o seu peixe”. Em termos de resultado final, ficamos um pouco divididos pois são conseguidos excelentes resultados em ambientes de baixa luz, e resultados menos bons (quando comparado com a concorrência) em ambientes ditos normais.
Conclusões finais
Definitivamente o HTC One encontra-se no top 3 dos melhores smartphones de sempre, mas será o número 1? É bem possível que sim!
Sem dúvida um smartphone imaginado e concebido com um equilibrio fantástico, juntando quase tudo que existia de destaque no mercado em apenas um dispositivo, desde o seu aspecto externo até à sua fantástica performance. Claro que tal como qualquer dispositivo tem os seus pontos menos fortes, mas nada que o distancie em demasia da concorrência.
Qualquer um dos leitores da TecheNet que desejar adquirir um smartphone é sempre aconselhado a testar pelo menos dois equipamentos diferentes antes de uma decisão final, mas pode ter a certeza que não irá ficar minimamente desiludido com toda a performance do HTC One!
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