Clement Lefebre , ou somente Clem como é conhecido no meio do OPEN SOURCE, deu ontem uma entrevista bombástica, a próxima versão do Mint, a 16, que sairá em Outubro deste ano,trará a interface gráfica Cinnamon na sua versão 2.0 e não terá a Gnome como base.
Clem esclareceu que depois da insistência da Canonical em manter a Gnome nas suas distribuições, e por a Gnome ser considerada o fator referenciado na origem de vários problemas de compatibilidade e bugs indesejados na sua interface Cinnamon, decidiu partir para uma programação independente, que coloca a Mint cada vez mais como uma das distribuições mais activas no momento, ficando só a parte do Kernel por conta de terceiros .
Diga-se que a Cinnamon começou como um FORK da Gnome shell 3, sendo talvez este o problema que neste momento afeta especialmente a MINT. Temos como exemplo a versão 3.8 da Gnome que praticamente ainda não tinha sido anunciada oficialmente e a a equipa de desenvolvimento da Gnome já estava a apresentar a Gnome 3.9, alterando vários parâmetros que afetam a coesão da MINT. Esta é, sem dúvida, a principal razão para esta tomada de atitude (embora no meio se especule que não é só por isso, mas também).
Colocada a pergunta a Clem se a versão 16 da Mint ainda seria baseada no Kernel do Ubuntu ou no Kernel Debian, que já é usado na distribuição Mint LMDE, Clem acabou por não responder directamente à pergunta deixando tudo em aberto.
Depois das reações da equipa do KDE acerca da interface gráfica MIR e de um descontentamento generalizado por parte da comunidade Linux, acerca destas últimas opções feitas pela Canonical, eis que surge mais esta notícia, mostrando claramente que a comunidade Linux não se deixou intimidar de forma alguma com as decisões unilaterais da Canonical.
Na minha modesta opinião a Canonical subestimou claramente uma comunidade que está muito dinâmica, que diz claramente obrigado à Canonical pelo impulso dado ao LINUX, mas que agora quer fazer o seu próprio caminho.
Só quero lembrar que a Mint fez várias alterações ao Kernel Debian incorporado na sua distribuição LMDE. Para quem já a usou, como eu, é um prazer trabalhar com esta distribuição, que apresenta uma excelente estabilidade e fluidez.
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