Certamente já viu em filmes de acção, espiões a usar implantes falsos de modo a simular um dedo humano e com esse mecanismo, conseguirem abrir portas rodeadas de um restrito perímetro de segurança. Este cenário passa agora da ficção para a realidade devido a um esquema sofisticado criado por um conjunto de médicos, de modo a enganar o sistema de ponto de um hospital em São Paulo.
Cinco médicos de um hospital brasileiro foram suspensos depois de terem sido acusados de encobrir os seus colegas ausentes, usando dedos falsos à base de silicone com suas impressões para enganar máquinas biométricas que controlam o ponto.
A televisão Globo mostrou um vídeo (apresentado abaixo) de uma médica apanhada em flagrante delito a pressionar o seu dedo sobre o dispositivo, e em seguida a mesma, utilizou dois implantes falsos para picar o ponto pelos seus colegas. Posteriormente recolheu o ticket de papel, que de facto iria comprovar que eles tinham começado a trabalhar.
Dessa forma, o sistema informático do hospital era informado que estavam três médicos em serviço, quando na realidade havia apenas um. Este elaborado esquema de fraude ao sistema de controlo de ponto do hospital aconteceu no Hospital Ferraz de Vasconcelos, pertencente à região metropolitana de São Paulo.
A médica referiu à polícia que sete outros médicos estavam envolvidos no esquema fraudulento. A mesma revela segundo o seu advogado, estar inocente devido a ter sido forçada a participar no esquema fraudulento pelos seus colegas de modo a poder manter o seu emprego.
Outra rede de televisão, referiu que uma das envolvidas foi a chefe da sala de emergência que utilizou o esquema fraudulento para encobrir a sua filha não tinha trabalhado nem um dia, durante um período de três anos, mas que recebeu o seu ordenado por completo.
Até agora, apesar de cinco médicos terem sidos suspensos como consequência da investigação que está a decorrer no hospital acredita-se que há mais pessoas envolvidas neste elaborada fraude. O prefeito de Ferraz de Vasconcelos, Acir Fillo, referiu que pode haver mais de 300 funcionários do hospital que não existem, e que são o resultado da utilização de dedos falsos com suas impressões originando um pagamento mesmo assim de serviços que não foram prestados.
Pode assistir de seguida à reportagem original da Globo.
Este caso a todos os níveis insólito prova que por vezes não devemos confiar demasiado nas tecnologias, porque afinal o ser humano é capaz de enganá-las e subverter este recurso bastante precioso para o desenvolvimento da sociedade. Aliás este esquema terá prejudicado de forma incalculável os cidadãos que usufruíam do serviço do hospital e em última análise os colocar em perigo iminente por falta de médicos em serviço. Está ainda por apurar ao tempo que terá durado este esquema, já que este caso está a ser investigado pelas autoridades policiais brasileiras. Via AFP
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