As correcções para Mac cresceram 30% só este ano
Os programas maliciosos aumentaram 285% e foram detectadas 3.000.000 de infecções nos sistemas dos utilizadores nos últimos doze meses
O crescimento significativo no número de ciberataques é uma realidade que nos afecta a todos. A Kaspersky Lab detectava há um ano atrás 70.000 amostras de malware por dia. Este número, que passou a ser de 125.000 no mês de Maio, chega agora aos 200.000. Que os programas maliciosos tenham crescido 285% neste período de tempo é surpreendente e, ao mesmo tempo, preocupante. E significa que nenhum sistema operativo em nenhum tipo de dispositivo com ligação à Internet está agora a salvo sem uma correcta protecção.
Tal como afirma Costin Raiu, Director of Global Research & Analysis Team da Kaspersky Lab, “o que 2012 veio mostrar é a forte inclinação dos cibercriminosos para o roubo de dados em dispositivos utilizados pelos utilizadores privados e empresas, quer sejam PC, Mac, smartphones ou tablets. Esta foi a tendência a mais notável de 2012. Também verificamos um forte incremento no número total de ameaças, que afectam todos os sistemas equipados com o software mais popular”.
Alguns dados da Kaspersky Lab a ter em conta:
- Em 2012 foram bloqueados mais de 1,5 milhões de ataques baseados na Web, número 1,7 vezes superior ao do ano 2011.
- Foram detectadas mais de 3 milhões de infecções locais nos equipamentos dos utilizadores em 2012.
- O malware para Mac OS X continua a crescer. A Kaspersky Lab criou mais 30% de correcções que em 2011.
Uma das notícias mais importantes de 2012 foi a descoberta de Flashback, uma potente botnet composta por 700.000 computadores Apple infectados (sistemas Mac OS X). O incidente de segurança pôs ponto final à percepção de que a plataforma Mac OS X era invulnerável. Além disso, os equipamentos Mac OS X também se tornaram vítimas de ataques dirigidos. A razão principal tem a ver com o facto de os produtos de Apple serem extremamente populares entre políticos e empresários influentes, e a informação armazenada nos dispositivos resulta de grande interesse para os cibercriminosos. Ao todo, os analistas da Kaspersky Lab criaram mais 30% de assinaturas para detectar Trojans para Mac em 2012 do que em 2011.
Em 2012, os produtos da Kaspersky Lab bloquearam uma média de mais de 4 milhões de ataques diários baseados em vulnerabilidades do browser. A técnica mais utilizada para atacar os utilizadores online são as vulnerabilidades nos programas ou aplicações. Em mais de 50% dos ataques foram exploradas falhas no Java. Diferentes versões desta máquina virtual, segundo os dados da Oracle, estão instaladas em mais de 1 bilião de computadores.
É importante ter em conta que as actualizações deste software são instaladas a pedido do utilizador e não de forma automática, o que prolonga o tempo de vida das vulnerabilidades. Além disso, é fácil usar os exploits para Java em qualquer versão do Windows e em algumas criações dos cibercriminosos (como sucedeu no caso do Flashfake), o exploit pode ser multiplataforma. Isto explica o especial interesse dos cibercriminosos nas vulnerabilidades do Java. A maior parte das detecções corresponde a diferentes conjuntos de exploits.
Em segundo lugar estão os ataques através do Adobe Reader, que constituíram um quarto dos ataques neutralizados. Pouco a pouco vai baixando a popularidade dos exploits para Adobe Reader, devido ao facto de o mecanismo usado para os detectar ser bastante simples e também graças às actualizações automáticas introduzidas nas últimas versões do Reader. A Kaspersky Lab detectou e bloqueou mais de 3 milhões de amostras de malware nas unidades locais de disco rígido e dispositivos de armazenamento externo dos seus utilizadores. Ao todo, foram registados 2,7 milhões de modificações únicas de malware e programas potencialmente não desejados.
Não há dúvida de que o malware cresce a um ritmo vertiginoso. Se em Dezembro de 2012 foram detectadas 200.000 amostras por dia, em 2013 nenhum sistema operativo em nenhum dispositivo com ligação à Internet estará a salvo sem a correcta protecção.
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