A Microsoft não se tem poupado em esforços para passar a imagem que o Windows 8 é um sistema operativo que irá satisfazer os seus utilizadores sem qualquer tipo de compromissos. Contudo, da oferta que conhecemos o utilizador terá que escolher entre um computador normal com a arquitectura x86 mas com menos autonomia ou um computador na arquitectura ARM sem a compatibilidade de aplicações mas com mais autonomia. Mas será que há uma terceira opção?
A Intel poderá ter uma terceira opção para os consumidores. A empresa anunciou a disponibilidade do seu chip Atom Z2760 “Clover Trail” que alia a compatibilidade de aplicações tradicionais do windows a uma boa autonomia. Segundo a empresa norte americana de semi condutores este novo chip não irá exigir grandes sacrifícios a nível de hardware, devido ao facto de ser possível os seus parceiros construírem tablets com apenas 8,5 mm de espessura e cerca de 700 gramas de peso.
Mas até que ponto “cover trail” podem ser eficientes a nível energético? A Intel refere que conseguiu medir 10 horas de autonomia num protótipo com este chipset a reproduzir um vídeo em alta definição, protótipo esse equipado com uma bateria de 30 Wh e o ecrã regulado a um contraste normal.
O Atom Z2760 é considerado uma versão personalizada para o Windows 8 do processador Medfield que recentemente foi apresentado no Motorola Razor i que integra o Android. Contudo, em vez do processador singe-core 2GHZ com um GPU PowerVR SGX 540, o Atom Z27260 integra uma arquitectura dual-core com 1,8 Ghz de frequencia de processamento e um GPU PowerVR SGX 545. Isto significa que a Intel usou como base o Medfield e com base nas evoluções que registou ao nível de autonomia graças à sua experiência com o Android adaptou e evoluiu a nova tecnologia para o Windows 9
Embora segundo a Intel a autonomia dos novos tablets com “Clover Trail” mostre alguma promessa, teremos que esperar para ver outras benchmarks da autonomia realizadas por fontes exteriores. Não queremos com isto afirmar que a Intel não é uma fonte fidedigna mas sim porque uma reprodução de um vídeo em alta definição é meramente uma medida indicativa, já que nem de perto reflecte a utilização realista de um tablet.
De qualquer das formas fica por responder uma das mais importantes perguntas. Qual o sacrifício que o utilizador vai fazer ao nível da performance em relação aos outros processadores mais potentes da Intel? Pensamos que se a performance oferecida não for pelo menos competitiva com o que é oferecido pelos fabricantes de chipsets ARM os utilizadores poderão arriscar prescindir da compatibilidade com aplicações.
A Intel joga o seu futuro e hipótese de vingar nos formatos de tablets e smartphones nestes novos equipamentos. Não julgamos que vá ter uma segunda oportunidade como esta e a concorrência não se espera fácil por parte da Qualcomm, NVidia ou mesmo Samsung empresas mais experientes neste tipo de “form factors”.
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