Eugene Kaspersky: Crime organizado está a chegar ao mobile
O fundador da Kaspersky Labs não tem dúvidas de que o crime organizado vai fazer dos dispositivos móveis um dos seus alvos principais. Por isso, adverte, os smartphones vão necessitar de melhores baterias para poderem ser protegidos com eficácia.
“O aumento do malware para dispositivos mobile vai obrigar a que as apps de segurança precisem de cada vez mais recursos e de mais bateria para manter os smartphones protegidos”, afirmou Eugene Kaspersky hoje em Barcelona.
Para aquele especialista em segurança, as pessoas ainda não se aperceberam da necessidade de manterem os seus dispositivos móveis seguros contra ataques de cibercriminosos, mas o malware para mobile tem tido o mesmo tipo de crescimento do que aconteceu com o malware para PC, mas a um ritmo muito superior.
“De 2005 a 2010 detetámos 1160 malware para mobile e só em dezembro de 2011 foram apanhados 1199 malware diferentes”, sublinhou Kaspersky.
O cibercrime ganha milhões de dólares com os ataques a dispositivos móveis. “Só o grupo russo Alpha Wap faz um milhão de dólares por mês na Rússia”, garante, para salientar que a procissão ainda vai no adro.
“Já há ataques a contas bancárias e apps que nada fazem mas que podem ser compradas online. Vamos ter ataques de negação de serviço e ataques dirigidos. Não são boas notícias, mas são expetáveis”, concluiu.
Eugene Kaspersky considera que é mesmo possível os cibercriminosos virem a atacar infra-estruturas utilizando os dispositivos móveis dos gestores dessas infra-estruturas.
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