O Samsung Galaxy SII é o aparelho da moda, tendo-se tornado no smartphone mais vendido no mundo. Em dois meses ultrapassou os três milhões de unidades vendidas e tornou a marca coreana no principal player do mercado em 2011.
Durante três semanas, o Tech&Net fez um teste intensivo ao Samsung Galaxy SII, o smartphone do momento e é fácil perceber o porquê do êxito do aparelho. Levámos o aparelho ao limite, explorando todas as suas funcionalidades e a resposta não podia ter sido melhor.
O Galaxy SII foi lançado em Fevereiro no Mobile World Congress, em Barcelona, e a primeira impressão que tivemos na altura foi agora confirmada durante as três semanas de utilização. Este é o melhor aparelho que já nos passou pelas mãos e a boa impressão começa logo com a embalagem elegante em que nos é entregue.
O poeta português Fernando Pessoa fez um slogan para a Coca-Cola que se ajusta à utilização deste aparelho: “Primeiro estranha-se, depois entranha-se”.
Assim acontece com as dimensões do Galaxy SII. Extremamente generoso nas suas dimensões, obriga o seu utilizador a alguma habituação, nomeadamente quando é utilizado como telefone. Mas depois de adquirido o hábito torna-se bastante confortável, muito graças ao seu pouco peso e à sua pequena espessura.
Estes são os dois grandes trunfos que o aparelho nos mostra no primeiro contato. Quando olhamos para ele, parece muito mais pesado e difícil de manusear do que realmente é. E também devido ao peso e à espessura, ajusta-se perfeitamente ao bolso das calças. É, portanto, um aparelho facilmente transportável apesar de não o parecer à primeira vista.
Finalmente, quando colocamos o aparelho a funcionar, a tela/ecrã proporciona um verdadeiro deslumbramento. A sua qualidade é verdadeiramente impressionante graças à tecnologia SuperAmoled Plus. O brilho e as cores da tela são o melhor que já tínhamos visto e proporcionam uma experiência única ao navegar na net ou com os jogos. Mesmo com sol, conseguimos ver suficientemente bem para podermos utilizar o aparelho, o que nem sempre acontece.
Reparem que temos utilizado vários adjetivos: deslumbrante, impressionante… Pois bem, não nos vamos ficar por aqui. Estamos a falar de um aparelho que está no topo dos topo de gama e isso tem reflexo na experiência de utilização.
O sistema operacional/operativo Android Gingerbread,o processador dual-core e a memória RAM tornam o Galaxy SII extremamente poderoso. Não tem de esperar eternidades pela abertura das páginas, não precisa de se irritar com bloqueamentos temporários… Seja a editar documentos ou a utilizar os aplicativos mais potentes, o Galaxy SII vai mostrar-se sempre à altura do desafio.
Mas claro que não há aparelhos perfeitos e nota-se um aquecimento forte do aparelho na leitura de vídeos ou em utilização de aplicativos que puxam mais pelos seus impressionantes recursos. Este terá de ser um aspeto a melhorar. É verdade que não há milagres, mas a Samsung tem de ter em conta que um smartphone raramente é colocado em cima de uma mesa.
A propósito de não haver milagres… outro aspeto mais penalizador para o usuário é a capacidade da bateria quando se faz uma utilização intensiva. Em dias normais de trabalho, a bateria aguenta perfeitamente, mas se fizer uma utilização mais intensiva não tenha ilusões: vai ter de recorrer ao carregador.
É evidente que pode fazer uma gestão eficaz da bateria, diminuindo o brilho da tela/ecrã e fechando constantemente os aplicativos que tem a trabalhar em segundo plano.
Estes são aspetos menos positivos do Galaxy SII, mas que não influenciam a apreciação global ao dispositivo que é francamente positiva.
O Samsung Galaxy SII é completamente costumizável ao gosto do usuário. Tem sete telas/ecrãs principais onde pode colocar os widgets e aplicativos a que recorre com mais frequência, o que torna a experiência diferente para cada um e perfeitamente adaptada ao uso que se faz do celular.
Com o recurso ao Android Market, as possibilidades de costumização não têm fim e cada aparelho acaba por ser diferente.
Seja quais forem as utilizações que se façam, a potência do Galaxy SII não nos deixa ficar mal em nenhuma situação. Pelo menos, não notámos ao longo das três semanas de testes nenhum deslizamento de tela menos fluído. E a capacidade sensitiva da tela/ecrã é outro dos pontos fortes do aparelho. Basta um leve toque para que o Samsung responda de imediato, o que o torna um aparelho muito aliciante para trabalhos de algum pormenor, como o de edição de fotografia, por exemplo.
Se juntarmos à potência os sensores como o acelerómetro e o giroscópio, os engenheiros da Samsung tudo fizeram para tornar inesquecível a utilização do Galaxi SII. Estes sensores (a que se juntam os de proximidade e de luminosidade) permitem uma navegação web muito amigável e tornam este smartphone profissional uma boa consola de jogos.
As potencialidades técnicas do Samsung Galaxy SII ficam expostas quando se realiza um teste de aferição (benchmarking) com as ferramentas disponíveis no Android Market.
Utilizámos o Quadrant para analisar a CPU, memórias e placa gráfica e o resultado não deixa margem para dúvidas. Obtivemos 3057 pontos, muito à frente de outros aparelhos. Chamo a sua particular atenção para a diferença entre o Galaxy SII e o seu irmão mais velho, o Galaxy S.
A câmera de 8 megapixel é outro dos trunfos do Galaxy SII. Com uma boa lente e bons sensores permite-lhe fazer fotografia sem problema e com excelentes resultados. Além do mais, o software nativo da câmera permite brincar com a fotografia graças aos filtros pré-instalados. A escala de cinzentos é muito rica e, consequentemente, a fotografia é de qualidade. Tivemos a sorte de poder mostrar o resultado a um repórter fotográfico, que ficou “impressionado” com o resultado.
Como pode ver pelas fotos, o meu amigo não se estava a referir ao talento do fotógrafo mas às potencialidades da câmera.
Pena é que a velocidade do disparo não seja boa. E também que não haja um botão que permita o rápido acionamento da câmara. Perdem-se momentos. Também aconselhamos a que não faça utilização do zoom, porque a foto perde qualidade como é visível na imagem do castelo. Faça a fotografia e depois edite-a, o que pode fazer no próprio Samsung.
À laia de conclusão apenas podemos dizer aquilo que já perceberam. O Galaxy SII encheu-nos as medidas. É o grande smartphone de 2011. Pena é que não esteja ao alcance de qualquer um, dado que tanto no Brasil como em Portugal é bastante caro. Mas se conseguir fazer o esforço, não hesite: Este aparelho vale cada centavo/cêntimo que se paga por ele.
O Tech&Net agradece à Samsung Portugal a disponibilização do Galaxy SII para o teste de três semanas.
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