A Google vai tentar pela quarta vez ter sucesso nas redes sociais. Depois do Orkut, do Buzz e do Wave chegou agora a vez do Google+, uma rede social que foi ontem anunciada e que por enquanto apenas está a ser testada por uns quantos eleitos pela própria companhia, que promete para breve a sua abertura a todos. E os que já a experimentaram gostaram da experiência e o este quarto assalto da empresa nas redes sociais pode ser o decisivo. Conseguirá a Google tornar-se um adversário à altura do Facebook nas redes sociais?
É mais uma rede igual às outras? Sim e não. O Google+ permite a adição de amigos, a partilha de ligações, os comentários… A novidade não parece grande, mas o Google+ funciona por círculos de amigos, como na vida real e isto pode fazer toda a diferença. A ideia é não sermos obrigados a partilhar um conteúdo com todos os nossos conhecidos, mas apenas com aqueles que queremos. A funcionalidade Circles é a grande ideia por trás da nova rede social evitando uma “sobreexposição pública”. No blog oficial da Google, explica-se esta filosofia: Com as redes sociais existentes, a amizade tornou-se tipo “fast food, embrulhando todo mundo com a embalagem “amigos”. Assim, o compartilhamento torna-se prejudicado”, tornando-se “descuidado”, “assustador” e “impessoal”. O que o Google+ faz é transportar a vida real para a rede: “Da família aos colegas da escola, descobrimos que as pessoas já usam os círculos da vida real para se expressarem e para compartilhar de forma precisa com as pessoas certas. Assim, fizemos o mais lógico: trouxemos os Círculos para o software. Simplesmente crie um círculo, adicione pessoas e compartilhe novidades, assim como um dia qualquer”, afirma Vic Gundotra, sénior vice-presidente da Google.
“Complicado”, “aditivo”, fantástico”… muitos são os adjetivos utilizados por aqueles que foram convidados para testar a nova rede social. Uma coisa é certa: o Google+ não deixou ninguém indiferente e são vários os analistas que afirmam que a nova rede social é o projeto mais bem trabalhado da Google nos últimos anos. A questão é saber se conseguirá singrar e tornar-se um caso de sucesso. Craig Kanalley, editor sénior do Huffington Post, faz uma análise bem interessante e pergunta: “Terá sido lançada no momento certo?.
Para aquele analista, a altura do ano é a ideal. Foi também nesta altura que o Facebook começou a crescer com os usuários que abandonavam o MySpace e o Friendster e que o Twitter se impõs no mercado. Mas, pergunta, não terá sido demasiado tarde ou cedo de mais? Demasiado tarde pela implantação das redes que visa combater e demasiado cedo porque se não crescer rapidamente de uma forma extraordinária será considerado um fracasso e a empresa terá perdido a última oportunidade de se implantar como social.
Para os brasileiros isto pode parecer um pouco estranho. Então e o Orkut, estão a esquecer-se dele? De todo, mas o Brasil é o único país do mundo em que o Orkut ainda lidera e estamos a falar de um mercado global. 30 milhões de brasileiros são muitos usuários, mas não se comparam com os mais de 700 milhões que o Facebook tem em todo o mundo e este é o objetivo do Google. Independentemente disso, a Google afirma que “continuará a aprimorar o Orkut” e que, “Como o Orkut é a rede social número um do Brasil e tem sido muito bem sucedido, nosso objetivo é estender os novos recursos do Google+ para os usuários do Orkut conforme eles se tornam disponíveis”.
Os círculos de amigos fazem a grande diferença: Pode partilhar conteúdos sobre futebol com uns e receitas com outros sem que todos os seus contatos sejam inundados com conteúdos que não lhes interessam, e tudo de uma forma fácil e intuitiva. Este é o golpe de asa que pode fazer vingar o Google+
Além do Circles temos também o Sparks, a faísca que permite encontrar conteúdos na web sobre qualquer assunto e falar sobre eles. “Graças ao expertise do Google, o Sparks exibe um feed de conteúdos atraentes de todas as partes da Internet. Sobre qualquer assunto que você queira, em mais de 40 idiomas. É simples: adicione seus interesses e você sempre terá alguma coisa para ler e compartilhar com o círculo certo de amigos.”
Finalmente, temos o Hangout, o encontro, um serviço de vídeochat que permite ao usuário falar ao vivo com os elementos de um grupo. “Com o Google+ nós queremos fazer os encontros on-line mais divertidos, naturais e espontâneos e, por isso, criamos os Hangouts. Combinando encontros casuais com vídeos ao vivo, os Hangouts permitem que você pare quando for possível e passe um tempo com seus Círculos. Cara a cara a cara”, lê-se no blog oficial do Google
E você, vai experimentar o Google+? E o que pensa, a rede social do Google terá condições para ser um sucesso?
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