Uma emigrante portuguesa na Venezuela encontrou no Facebook a filha desaparecida há 12 anos. Angely desapareceu nas enxurradas que em 1999 destruíram parcialmente o estado de Vargas, a norte de Caracas.
A felicidade de Lucinda Nunes, da Madeira, não pode ser maior. “Estou feliz… Feliz, não, superfeliz! Já tenho
a minha filha”, disse Lucinda à agência Lusa, citada pelo Diário de Notícias.
“Encontrei-a por sorte no Facebook, no dia em que procurava uma pessoa e, na emoção, telefonei para um irmão em Portugal que constatou as semelhanças”. Angely tinha 10 anos quando desapareceu. Agora é uma mulher.
O familiar pediu amizade, estabeleceu contato e, conta a mãe, “soube que ela era vítima de Vargas mas não se lembrava de nada”.
As duas retomaram contato e, após testes de ADN feitos pela polícia venezuelana, o tribunal permitiu que a jovem voltasse a viver com a família.
Angely Sofia “tem agora 22 anos e estava até há poucos dias numa instituição para adolescentes”, conta a mãe. “O tribunal autorizou que viesse viver comigo para iniciar um processo de adaptação”.
Na noite de 15 para 16 de Dezembro de 1999, chuvas torrenciais provocaram deslizamentos em quase 80 quilómetros da zona costeira do estado de Vargas, na Venezuela. A casa onde a família Nunes vivia em Carmem de Úria desapareceu, sobrevivendo apenas um familiar e, sabe-se agora, Angely Sofia.
A mãe tinha quase a certeza de que a filha estava viva, porque a tinha visto numa reportagem televisiva e sabido que ela passara por um aquartelamento militar.
Mas foi preciso esperar 12 anos para o Facebook voltar a juntar a família.
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